Impactos do Novo Coronavírus na economia, na energia elétrica e na energia solar fotovoltaica
Com as medidas adotadas de extrema importância neste momento para tratamento e prevenção do Novo Coronavírus, como o isolamento social, os hábitos dos Brasileiros mudaram praticamente de um dia para o outro. Uma das consequências negativas e principal, já também apontada como preocupação do governo, é a redução da atividade econômica do país. Reduzindo nossas atividades econômicas, estamos reduzindo também nossas receitas.
Mas o que o impacto na economia significa em números?
Hoje ainda é muito difícil
afirmar e prever a variação do PIB Mundial e Brasileiro, por exemplo. Isto
porque, não temos uma previsão certa de quantos empregos serão perdidos e o
tamanho do prejuízo de empresas e comércios. Mas, os especialistas possuem
algumas previsões.
Antes do Novo Coronavírus a previsão estimada de crescimento do PIB Mundial era de 2,5%. Segundo Angel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em entrevista a BBC, o choque econômico já é maior do que a crise financeira de 2008 e considera otimista demais um crescimento do PIB Mundial de 1,5%.
Já a empresa de dados e análise de investimentos, Morningstar, simulou e divulgou no dia 25 de março, diferentes cenários e os resultados foram mais pessimistas. Mostram uma queda na economia de 1,6% no melhor cenário e uma queda de mais de 5% no pior cenário.
Para a economia Brasileira as opiniões diferem um pouco também. O Banco Itaú antes previa uma alta de 1,8% do PIB brasileiro, agora passou a previsão para uma queda de 0,7%. Já o Bank of America (BofA) passou sua previsão do PIB brasileiro para 2020 de 1,5% de crescimento, para retração de 0,5%.
Impactos diretos no setor de energia elétrica
Como comentamos, devido as nossas
mudanças de hábitos e medidas de contenção, vemos impactos diretos na economia.
Como consequência o setor de energia elétrica também já sofre com alguns
fatores. O aumento do consumo elétrico residencial, não vai compensar a queda
do consumo elétrico em comércios e indústrias. Então, vamos pontuar aqui
algumas questões.
Construção de usinas geradoras: o
primeiro impacto é com relação à falta de mão de obra e material devido às
medidas preventivas. Este impacto não é considerado alto, pois ainda existe
folga na capacidade instalada de energia no Brasil. Ou seja, não é provável que
sofremos com a falta de energia, o que pode acontecer é um atraso dessas obras
sem impacto direto no consumidor final.
Importações de materiais: neste caso a
maior questão é a desvalorização do real. Enceramos 2019 com o dólar a R$ 4,02
e este ano já passamos de R$ 5,00. Este
aumento de aproximadamente 25% não estava previsto para a maioria das empresas,
que podem acabar repensando novos investimentos no setor.
Mercado livre de energia: este
corresponde a aproximadamente 30% do consumo energético do país. A redução do
consumo destes consumidores será um dos problemas principais. O que acontece é
que as empresas possuem contratos com as distribuidoras para atenderem um
consumo pré-determinado esperado. O que vai ocorrer é que provavelmente o
esperado será maior que o consumido. Alguns destes contratos já possuem cláusulas
especificas para eventos “fora do controle”, então aqui cada empresa terá que
negociar com o fornecedor para chegar a um acordo bom para os dois lados.
Demanda contratada: no caso de empresas
e comércios que possuem contrato de demanda com concessionárias de energia,
pode acontecer algo semelhando ao mercado livre. No caso destes consumidores, a
taxa mínima para pagar a fatura de energia é a demanda contratada. Para alguns
haverá uma redução drástica no consumo de energia e acabarão pagando muito mais
do que realmente consumiram. Se o contrato já possuir 12 meses, o consumidor pode
solicitar a redução da demanda contratada e voltar a subir a demanda contratada
quando a situação normalizar. Mas é preciso se atentar aos prazos de cada
concessionária para solicitar a redução da sua demanda.
Agora vamos abordar diretamente e com mais ênfase os impactos no Novo Coronavírus na Energia Solar Fotovoltaica, em que a Ecoa Energias Renováveis está inserida.
[rock-convert-cta id=”8272″]
Impactos do Novo Coronavírus na energia solar fotovoltaica
Ainda prevemos um crescimento positivo
do setor fotovoltaico. Uma das principais preocupações é com relação à variação
do dólar, já que a esmagadora maioria dos materiais é importada. Mas, não vemos
ainda que isso alterará a tendência positiva de crescimento. Alguns
investimentos serão adiados ou repensados, a fim de reavaliar o seu potencial de
retorno. Talvez a maior preocupação aqui seja se o efeito do dólar será a
curto, médio ou longo prazo. Este mercado tem a vantagem de trabalhar com uma
quantidade grande de materiais em estoque, por isso a variação do dólar poderá
ser sentida de forma não tão acentuada se o efeito do dólar for a curto prazo.
Outro ponto de atenção é com relação à entrega de materiais. A China corresponde a 90% da produção de módulos fotovoltaicos e a Europa possui boa participação na produção de inversores fotovoltaicos. Ainda não sentimos diretamente este impacto, distribuidores possuem estoques e o que vimos foi alguns atrasos nas entregas, porém não sentimos a falta de material especificamente. Com a China anunciando a normalização das atividades, vemos que este item não deve se tornar um problema, apenas um ponto de atenção.
Fábio Luciano Chaves, acionista de Ecoa Energias Renováveis conta como a empresa tem se preparado: “É claro que com uma situação como a que vivemos atualmente do COVID-19 e a quarentena decretada pelo Governo do Estado de Santa Catarina algumas estratégias merecem ser revistas, como o volume de estoque e o ritmo das obras nesse período, mas não temos intenção de baixar nossa expectativa de vendas para 2020, pois o recurso energia solar fotovoltaica ainda é uma necessidade para nossos clientes. Assim que a economia retomar o ritmo, sentiremos forte propulsão na necessidade de compra, por mais que o dólar tenha sofrido variação no período, contamos com estoque para equalizar o preço final ao cliente”.
Toda crise pode ser transformada em uma oportunidade!
Fatih Birol, Diretor Executivo da Agência Internacional de Energia (IEA em inglês) defendeu em um artigo publicado em 14 de março, que as medidas para conter a crise econômica mundial do Covid-19 devem prever incentivos à geração de energia por fontes renováveis. Ele afirma que isto “trará os benefícios duplos de estimular economias e acelerar transições de energia limpa. O progresso que isso alcançará na transformação da infraestrutura energética dos países não será temporário – pode fazer uma diferença duradoura para o nosso futuro”.
Ainda, de acordo com artigo divulgado pela IEA, os custos de investimentos de fonte de energia solar e eólica são mais baixos e possuem tecnologias mais avançadas em comparação aos outros anos. Esta crise deve mostrar se o governo está realmente comprometido a investir em fontes limpas de energia. A análise da AIE mostra que “os governos direcionam direta ou indiretamente mais de 70% dos investimentos globais em energia. Hoje eles têm uma oportunidade histórica de direcionar esses investimentos para um caminho mais sustentável”.
As previsões da ABSOLAR mostram
que a energia solar fotovoltaica deve gerar cerca de 120
mil empregos no Brasil. Em meio à crise que o Novo Coronavírus causa em
todo o mundo, em vez de piorar a situação, permitindo que ela impeça o
crescimento de energia por fontes renováveis, precisamos aproveitar a
oportunidade para ajudar a acelerá-las.
Toda crise pode ser transformada
em uma oportunidade. As empresas que conseguirem se ajustar, se preparar e principalmente
se manter capitalizadas retornarão mais fortes do que nunca. Apesar das
previsões de queda econômica em 2020, os estudos também apontam que a
recuperação será rápida e já veremos resultados bem positivos em 2021. Aproveite
o tempo para afinar seu planejamento, fazer análises de riscos e buscar
ferramentas que otimizem seu trabalho. Estamos passando por uma crise e a
diferença fundamental será o modo como escolheremos passar por ela.
Com as medidas adotadas de extrema importância neste momento para tratamento e prevenção do Novo Coronavírus, como o isolamento social, os hábitos dos Brasileiros mudaram praticamente de um dia para o outro. Uma das consequências negativas e principal, já também apontada como preocupação do governo, é a redução da atividade econômica do país. Reduzindo nossas atividades econômicas, estamos reduzindo também nossas receitas.
Mas o que o impacto na economia significa em números?
Hoje ainda é muito difícil
afirmar e prever a variação do PIB Mundial e Brasileiro, por exemplo. Isto
porque, não temos uma previsão certa de quantos empregos serão perdidos e o
tamanho do prejuízo de empresas e comércios. Mas, os especialistas possuem
algumas previsões.
Antes do Novo Coronavírus a previsão estimada de crescimento do PIB Mundial era de 2,5%. Segundo Angel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em entrevista a BBC, o choque econômico já é maior do que a crise financeira de 2008 e considera otimista demais um crescimento do PIB Mundial de 1,5%.
Já a empresa de dados e análise de investimentos, Morningstar, simulou e divulgou no dia 25 de março, diferentes cenários e os resultados foram mais pessimistas. Mostram uma queda na economia de 1,6% no melhor cenário e uma queda de mais de 5% no pior cenário.
Para a economia Brasileira as opiniões diferem um pouco também. O Banco Itaú antes previa uma alta de 1,8% do PIB brasileiro, agora passou a previsão para uma queda de 0,7%. Já o Bank of America (BofA) passou sua previsão do PIB brasileiro para 2020 de 1,5% de crescimento, para retração de 0,5%.
Impactos diretos no setor de energia elétrica
Como comentamos, devido as nossas
mudanças de hábitos e medidas de contenção, vemos impactos diretos na economia.
Como consequência o setor de energia elétrica também já sofre com alguns
fatores. O aumento do consumo elétrico residencial, não vai compensar a queda
do consumo elétrico em comércios e indústrias. Então, vamos pontuar aqui
algumas questões.
Construção de usinas geradoras: o
primeiro impacto é com relação à falta de mão de obra e material devido às
medidas preventivas. Este impacto não é considerado alto, pois ainda existe
folga na capacidade instalada de energia no Brasil. Ou seja, não é provável que
sofremos com a falta de energia, o que pode acontecer é um atraso dessas obras
sem impacto direto no consumidor final.
Importações de materiais: neste caso a
maior questão é a desvalorização do real. Enceramos 2019 com o dólar a R$ 4,02
e este ano já passamos de R$ 5,00. Este
aumento de aproximadamente 25% não estava previsto para a maioria das empresas,
que podem acabar repensando novos investimentos no setor.
Mercado livre de energia: este
corresponde a aproximadamente 30% do consumo energético do país. A redução do
consumo destes consumidores será um dos problemas principais. O que acontece é
que as empresas possuem contratos com as distribuidoras para atenderem um
consumo pré-determinado esperado. O que vai ocorrer é que provavelmente o
esperado será maior que o consumido. Alguns destes contratos já possuem cláusulas
especificas para eventos “fora do controle”, então aqui cada empresa terá que
negociar com o fornecedor para chegar a um acordo bom para os dois lados.
Demanda contratada: no caso de empresas
e comércios que possuem contrato de demanda com concessionárias de energia,
pode acontecer algo semelhando ao mercado livre. No caso destes consumidores, a
taxa mínima para pagar a fatura de energia é a demanda contratada. Para alguns
haverá uma redução drástica no consumo de energia e acabarão pagando muito mais
do que realmente consumiram. Se o contrato já possuir 12 meses, o consumidor pode
solicitar a redução da demanda contratada e voltar a subir a demanda contratada
quando a situação normalizar. Mas é preciso se atentar aos prazos de cada
concessionária para solicitar a redução da sua demanda.
Agora vamos abordar diretamente e com mais ênfase os impactos no Novo Coronavírus na Energia Solar Fotovoltaica, em que a Ecoa Energias Renováveis está inserida.
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Impactos do Novo Coronavírus na energia solar fotovoltaica
Ainda prevemos um crescimento positivo
do setor fotovoltaico. Uma das principais preocupações é com relação à variação
do dólar, já que a esmagadora maioria dos materiais é importada. Mas, não vemos
ainda que isso alterará a tendência positiva de crescimento. Alguns
investimentos serão adiados ou repensados, a fim de reavaliar o seu potencial de
retorno. Talvez a maior preocupação aqui seja se o efeito do dólar será a
curto, médio ou longo prazo. Este mercado tem a vantagem de trabalhar com uma
quantidade grande de materiais em estoque, por isso a variação do dólar poderá
ser sentida de forma não tão acentuada se o efeito do dólar for a curto prazo.
Outro ponto de atenção é com relação à entrega de materiais. A China corresponde a 90% da produção de módulos fotovoltaicos e a Europa possui boa participação na produção de inversores fotovoltaicos. Ainda não sentimos diretamente este impacto, distribuidores possuem estoques e o que vimos foi alguns atrasos nas entregas, porém não sentimos a falta de material especificamente. Com a China anunciando a normalização das atividades, vemos que este item não deve se tornar um problema, apenas um ponto de atenção.
Fábio Luciano Chaves, acionista de Ecoa Energias Renováveis conta como a empresa tem se preparado: “É claro que com uma situação como a que vivemos atualmente do COVID-19 e a quarentena decretada pelo Governo do Estado de Santa Catarina algumas estratégias merecem ser revistas, como o volume de estoque e o ritmo das obras nesse período, mas não temos intenção de baixar nossa expectativa de vendas para 2020, pois o recurso energia solar fotovoltaica ainda é uma necessidade para nossos clientes. Assim que a economia retomar o ritmo, sentiremos forte propulsão na necessidade de compra, por mais que o dólar tenha sofrido variação no período, contamos com estoque para equalizar o preço final ao cliente”.
Toda crise pode ser transformada em uma oportunidade!
Fatih Birol, Diretor Executivo da Agência Internacional de Energia (IEA em inglês) defendeu em um artigo publicado em 14 de março, que as medidas para conter a crise econômica mundial do Covid-19 devem prever incentivos à geração de energia por fontes renováveis. Ele afirma que isto “trará os benefícios duplos de estimular economias e acelerar transições de energia limpa. O progresso que isso alcançará na transformação da infraestrutura energética dos países não será temporário – pode fazer uma diferença duradoura para o nosso futuro”.
Ainda, de acordo com artigo divulgado pela IEA, os custos de investimentos de fonte de energia solar e eólica são mais baixos e possuem tecnologias mais avançadas em comparação aos outros anos. Esta crise deve mostrar se o governo está realmente comprometido a investir em fontes limpas de energia. A análise da AIE mostra que “os governos direcionam direta ou indiretamente mais de 70% dos investimentos globais em energia. Hoje eles têm uma oportunidade histórica de direcionar esses investimentos para um caminho mais sustentável”.
As previsões da ABSOLAR mostram
que a energia solar fotovoltaica deve gerar cerca de 120
mil empregos no Brasil. Em meio à crise que o Novo Coronavírus causa em
todo o mundo, em vez de piorar a situação, permitindo que ela impeça o
crescimento de energia por fontes renováveis, precisamos aproveitar a
oportunidade para ajudar a acelerá-las.
Toda crise pode ser transformada
em uma oportunidade. As empresas que conseguirem se ajustar, se preparar e principalmente
se manter capitalizadas retornarão mais fortes do que nunca. Apesar das
previsões de queda econômica em 2020, os estudos também apontam que a
recuperação será rápida e já veremos resultados bem positivos em 2021. Aproveite
o tempo para afinar seu planejamento, fazer análises de riscos e buscar
ferramentas que otimizem seu trabalho. Estamos passando por uma crise e a
diferença fundamental será o modo como escolheremos passar por ela.
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Isenção do ICMS para micro e mini geradores de energia solar em Santa Catarina
A novidade foi publicada no Diário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em 19 de julho de 2019. O projeto de Lei nº 081/2019 foi sancionado pelo Legislativo e garante a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS para micro e mini geração de energia.
Em
seu art. 1º, a nova legislação, isenta o ICMS incidente sobre uma quantidade de
energia elétrica consumida da distribuidora, igual à quantidade injetada na
rede de distribuição via micro ou mini geração mais os créditos de energia
ativa originados da própria unidade consumidora.
Mas
como assim? Basicamente, o que o consumidor gerar de energia e não consumir, ou
seja, o excedente injetado na rede, poderá ser compensado na fatura sem a
cobrança de ICMS.
Os créditos que são válidos podem ser abatidos
na própria unidade, ou em outra unidade consumidora do mesmo titular da unidade
geradora. Vale lembrar que estes créditos a serem compensados valem por 60
meses. Respeitando os
termos do Sistema de Compensação de Energia Elétrica, estabelecido pela
Resolução Normativa nº 482, de 17 de abril de 2012, da Agência Nacional de Energia
Elétrica (ANEEL).
Como
era o imposto antes de sancionada a nova lei?
Até então, os micro e mini geradores de energia eram tributados quando consumiam a carga excedente de sua produção. Aquela que foi injetada na rede de distribuição. O valor do ICMS chegava a até 25%.
[rock-convert-pdf id=”6172″]
Quem
são os beneficiados pela isenção?
Essa
medida vale para todos os micro e mini geradores de energia com unidades
consumidoras com potência instalada de até 1 megawatt (MW). Isto para o
consumidor que gera a própria energia por meio de fontes renováveis e
compartilha a produção excedente na rede pública.
Um
pouco de contexto histórico
Santa
Catarina foi o Estado que mais resistiu a adotar essa isenção. O governo temia
queda na receita gerada pelo ICMS. E não é pra menos, o Estado é o 4º no
ranking com este perfil de geração distribuída.
Devido
as grandes pressões, desde o começo de 2018, o governo de Santa Catarina
discute de forma oficial a isenção do ICMS sobre a geração de energia por
fontes renováveis.
O
governo do Estado já havia adotado, no dia 06 de março de 2018, a isenção do
ICMS para micro geração e mini geração de energia distribuída, como a solar
fotovoltaica. Porém, o processo ainda dependia da aprovação do Projeto de
Lei Nº 081/2019 pela Assembleia Legislativa.
Noticiamos
todo este processo em nosso blog. Você pode acessar nossos posts para entender
melhor:
Santa
Catarina e Paraná foram os últimos estamos a aderirem à está isenção, com o
Estado do Paraná sancionando a lei em setembro de 2018.
A novidade deve refletir diretamente nas próximas contas de energia dos micro e mini geradores. Além disso, o incentivo é importante como estímulo para o crescimento da indústria de energias renováveis e a economia do Estado de Santa Catarina.
Este projeto de Lei foi transformado na Lei nº 17.762 no dia 07 de agosto de 2019. Você pode acessar a Lei por AQUI.
Quer ser um micro ou mini gerador de energia solar? Entre em contato com a Ecoa Energias Renováveis!
Tarifa Branca: o que é, quem pode aderir e quando é vantagem!
A Tarifa Branca é um dos
principais assuntos do começo deste ano no segmento de energia. Isto porque,
conforme já previsto na Resolução
Normativa nº 733/2016, a partir de 1º janeiro de 2020 todas as unidades
consumidoras enquadradas na resolução passaram a ter o direito de escolher
aderir à modalidade tarifária horária branca.
Neste post, iremos explicar como funciona a Tarifa Branca e dar informações para que você analise se esta opção de modelo tarifário faz sentido em sua residência, comércio ou indústria.
O que é a Tarifa Branca?
A Tarifa Branca é, em suma, uma opção de modelo tarifário. Ou seja, é uma maneira diferente da convencional de se pagar pela energia. Neste modelo tarifário, o preço que pagamos pela energia varia conforme determinados horários. Assim, nos dias úteis, são cobrados três valores diferentes de tarifa, denominados horário de:
Ponta: tarifa mais elevada.
Intermediário: tarifa de valor intermediário.
Fora Ponta: tarifa de valor menor.
Já nos fins de semana e feriados
nacionais, o valor é sempre da tarifa Fora
de Ponta.
Qual a diferença entra a Tarifa Branca e a Convencional?
Enquanto a Tarifa Branca varia conforme horários pré-determinados, a Tarifa Convencional possui um preço fixo independente do horário do dia. No gráfico abaixo mostramos o comportamento do preço tarifário para a Tarifa Branca e para a Tarifa Convencional em um dia útil. As preços e horários são com base na distribuidora de energia Celesc de Santa Catarina. Sendo assim, estes podem ter variações de estado para estado. Consulte os valores e horários do seu estado acessando o site da ANEEL AQUI.
O que mudou em 1º de janeiro de 2020?
Até ano passado apenas unidades
consumidoras com média anual de consumo mensal superior a 250 kW/h poderiam
solicitar aderir a Tarifa Branca. A partir de 1º de janeiro de 2020 todas as
unidades atendidas em baixa tensão passaram a ter este direito, com algumas
exceções conforme descrito no próximo tópico.
Qual consumidor pode aderir?
Podem aderir à Tarifa Branca os consumidores de baixa tensão
do grupo B ou do grupo A com tarifa do grupo B. As classes destes grupos são:
B1: Residencial.
B2: Rural.
B3: Industrial, Comércio, Serviços e outras atividades, Serviço Público, Poder Público e Consumo Próprio.
Em contrapartida, existem as exceções que são: baixa renda da classe residencial, iluminação pública ou as unidades consumidoras que façam uso do sistema de pré-pagamento, estas não podem solicitar adesão a este modelo tarifário.
Na sua fatura de energia você encontra a qual grupo pertence. A informação fica na campo “Grupo de Tensão”, conforme indicado num exemplo de fatura abaixo.
Quais seus
benefícios?
Como a rede elétrica é dimensionada com
base no consumo energético do horário de ponta, quando aumentamos ainda mais o
consumo neste horário, a consequência é a necessidade de melhorias da rede e da
capacidade instalada.
Em conclusão, para incentivar o consumo de energia elétrica fora ponta foi criada a Tarifa Branca. Com ela, se o consumidor centralizar seu consumo no período fora ponta, pode reduzir gastos na fatura de energia e ainda ajudar a retardar investimentos na capacidade instalada da rede elétrica.
Como saber quando é melhor optar pela Tarifa Branca?
O ideal é verificar se é possível deslocar grande parte do seu consumo de energia elétrica para o horário fora de ponta. Lembrando que existem pequenas variações de estado para estado sobre quais horários são considerados fora ponta, já que em Santa Catarina é considerado fora ponta o horário entre 22:30h até 17:30h.
Alguns estabelecimentos já concentram seu consumo em horário fora ponta, como no caso da maioria dos comércios, pois o seu horário de funcionamento já é no período fora ponta. Todavia, cada caso deve ser analisado com cuidado.
Se por exemplo, o comércio ou a indústria em questão, depende do uso de equipamentos que não podem ser desligados, deve-se analisar qual o consumo destes equipamentos e se a mudança do modelo tarifário realmente vale a pena. Se acaso existam equipamentos que ligam esporadicamente, uma solução para aderir a Tarifa Branca seria concentrar o funcionamento destes aparelhos, se possível, no horário fora ponta.
Portanto, é importante ter a consciência que mudando para a Tarifa Branca o controle com seus gastos de energia deve ser maior. Afinal, se não houver controle, você pode acabar consumindo muita energia no horário de ponta e ao invés de diminuir a fatura de energia irá aumentar.
Como solicitar mudança para a Tarifa Branca
Se você é um consumidor de baixa
tensão enquadrado nos subgrupos B1, B2, ou B3 ou então pertence ao grupo A, com
cobrança conforme grupo B, pode solicitar mudança no modelo tarifário
comparecendo nos postos de atendimento da concessionária que atende sua região.
A solicitação deve ser feita pelo titular da unidade consumidora.
No entanto, a distribuidora de energia tem o prazo de 30 dias para atender a solicitação no caso de unidades consumidoras já existentes e para nova ligação o prazo máximo é de 5 dias em área urbana e 10 dias em área rural.
Assim sendo, se o consumidor desejar retornar ao modelo convencional de tarifa, a distribuidora tem um prazo de 30 dias para atender à solicitação. Contudo, se após retorno ao modelo convencional, quiser retornar novamente ao modelo de Tarifa Branca, o prazo de adesão passa a ser de 180 dias.
Sob o mesmo ponto de vista, outro ponto de atenção é com relação ao relógio medidor. Para aderir à Tarifa Branca será necessária a troca do relógio medidor por um que meça o consumo de hora em hora. Os custos para a troca do medidor e instalação é por conta da concessionária. No entanto, se o ramal de entrada possuir qualquer irregularidade com as normas vigentes, a adequação deste ramal é por conta do consumidor.
Se acaso, o consumidor ainda deseje um medidor com maiores funcionalidades do que o necessário, a diferença de preço entre os equipamentos também fica por conta do consumidor.
Como posso diminuir ainda mais minha conta de energia?
Se seu objetivo é realmente diminuir gastos com energia elétrica a solução é começar a gerar sua própria energia. Você pode fazer isso escolhendo investir em um sistema solar fotovoltaico para sua residência, comércio ou indústria. Dessa maneira, redução do consumo de energia pode chegar a até 95%!
Se quiser saber mais sobre o assunto, baixe nosso e-Book ‘Energia Solar Fotovoltaica para Iniciantes’. Nele explicamos tudo que você precisa saber para começar a gerar sua própria energia a partir do sol!
Se acaso prefira, entre em contato por AQUI com um especialista da Ecoa Energias Renováveis, ele irá te atender, explicar como funciona e fazer um orçamento sem compromisso.
Posso ter um sistema fotovoltaico e aderir a Tarifa Branca de energia?
Sim, é possível! O procedimento é exatamente o mesmo para um consumidor com sistema solar fotovoltaico. Você deve comparecer nos postos de atendimento da distribuidora de energia e solicitar a troca do modelo tarifário. Assim a concessionária terá 30 dias para fazer a adesão e realizar a troca do medidor para um medidor que além de medir a energia injetada, medirá o consumo de energia hora em hora.
Aneel reafirma compromisso de manter direitos adquiridos na atualização de regras de geração distribuída
Durante debate sobre geração distribuída no Brasil, Daniel
Vieira, assessor da Diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), reafirmou
o compromisso do regulador em preservar os direitos adquiridos dos consumidores
que já possuem geração distribuída solar fotovoltaica.
Segundo Vieira, a atualização da Resolução Normativa nº 482
da ANEEL, que permite aos consumidores gerar e consumir a sua própria
eletricidade a partir de fontes renováveis, com mais liberdade e economia, só
entrariam em vigor quando o Brasil atingisse uma quantidade mínima de
participação da geração distribuída na matriz elétrica nacional.
“As alterações nas regras da geração distribuída no Brasil,
previstas para serem publicadas até o segundo semestre deste ano, valerão
apenas para as novas conexões no Brasil, garantindo assim a segurança jurídica
e os contratos dos pioneiros que acreditaram nesta tecnologia”, ressaltou o
assessor.
A declaração foi feita durante o ABSOLAR Meeting, evento
realizado no fim de março pela Associação Brasileira de Energia Solar
Fotovoltaica (ABSOLAR), em São Paulo. Um dos temas centrais na discussão foi o
modelo de valoração da energia elétrica e dos benefícios provenientes da
microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica para o setor
elétrico, para a sociedade brasileira e para o desenvolvimento sustentável do
País.
Durante todo o processo de debate regulatório, a ABSOLAR tem
pautado a discussão da microgeração e minigeração distribuída solar
fotovoltaica a partir de uma avaliação de alto nível, focada nos benefícios
proporcionados à sociedade brasileira como um todo. “Na última audiência
pública, as equipes técnicas da Aneel corretamente incorporaram diversos dos
atributos positivos da geração distribuída na metodologia de análise,
comparando estes atributos com os eventuais custos existentes”, lembrou o CEO
da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia.
“Entre benefícios incorporados na análise e recomendados
pela ABSOLAR, estão energia elétrica evitada, redução de perdas na distribuição
e transmissão e redução de capacidade”, acrescentou. Entretanto, segundo
Sauaia, apesar de ser um bom começo, a conta ainda está incompleta. “Há
necessidade de melhorias, tais como ajustar premissas importantes e incorporar
os demais benefícios relevantes que a geração distribuída agrega ao País e que
ficaram de fora da análise”, explicou.
Já Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração
da ABSOLAR, lembrou que, apesar de a geração distribuída estar finalmente
começando a crescer no País, o Brasil permanece muito atrasado em relação ao
mundo. “Por isso, ainda é muito cedo para quaisquer alterações na norma. A
geração distribuída solar fotovoltaica trouxe liberdade e poder de escolha a
menos de 75 mil de um universo de mais de 84 milhões de consumidores cativos
atendidos pelas distribuidoras. Ou seja, não representa nem meia gota sequer em
um oceano de brasileiros cada vez mais pressionados por altas tarifas”,
ressaltou Koloszuk.
De acordo com Barbara Rubim, vice-presidente de Geração Distribuída da ABSOLAR, a atualização da norma regulatória deve considerar, de forma ampla, os benefícios energéticos, elétricos, econômicos, sociais e ambientais. “Além da energia elétrica evitada, redução de perdas na distribuição e transmissão e redução de capacidade, é necessário considerar, por exemplo, a postergação de investimentos em transmissão e distribuição de eletricidade, alívio das redes pelo efeito vizinhança, geração de empregos, diversificação da matriz elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa, entre diversos outros”, concluiu Barbara.
Então, se você já é um microgerador de energia não se preocupe! E se você ainda não começou a gerar sua energia, que tal começar agora? Solicite por aqui um orçamento.
Toyota lança no Japão novo Prius com teto solar fotovoltaico
O novo Prius 2017 é o primeiro carro híbrido plug-in disponível comercialmente com o opcional de carregamento solar fotovoltaico no teto.
O teto solar recarrega a bateria auxiliar de 24Ah enquanto o sistema de combustível híbrido de alta eficiência garante o funcionamento do carro. Sendo o sistema apenas auxiliar, pode contribuir com as luzes de iluminação, vidros elétricos e ar condicionado. Além disto, enquanto estacionado carrega o sistema para andar adicionais 6 quilometros por dia.
Com metas de vendas de 2.500 unidades por mês no Japão e preço médio de R$ 89 mil, a intenção da Toyota é ofertar esta opção nos mercados do Japão, Europeus e estuda lançar nos Estados Unidos em breve.
Em termos de autonomia, o elétrico Prius pode rodar 68.2 km por carga, praticamente o dobro do modelo anterior.
Outro ponto bastante interessante desta versão é que o sistema do carro poderá ainda ser conectado com a casa e a energia gerada enquanto o carro esta estacionado no quintal ser aproveitada nas tomadas da residência.
Mudanças de um futuro distante que mostram-se cada vez mais perto.